"Não sou só eu. As torcidas do Flamengo e do Vasco também acham que os preços são altos", brincou o ministro Paulo Bernardo ao receber, nesta segunda-feira, 28, uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) que aponta a péssima posição do serviço de banda larga no Brasil em comparação com outros países. O levantamento aponta que a velocidade de 1 Mbps custa em média US$ 43 (R$ 70,85) no Brasil, ante US$ 9,30 (R$ 15,41) na Alemanha. Em Taiwan, o valor fica em US$ 12,40 (R$ 20,55); no Canadá, US$ 28,60 (R$ 47,40); na Suíça, US$ 36 (R$ 59,66); nos Estados Unidos, US$ 40 (R$ 66,29).
No Brasil, também chamam a atenção a variação de preços e a qualidade de serviços conforme a região. A diferença de valores chega a 650%. Em Alagoas e no Espírito Santo, o preço médio do pacote de 1 Mbps fica em R$ 57,40. No Amapá, em contrapartida, o valor médio é de R$ 429,90 – para uma velocidade máxima de 600 Kbps, enquanto em outros Estados pode chegar a 20 Kbps. No Rio Grande do Sul, o estudo apontou custo médio de R$ 66,57.
O ministro concordou que os preços são altos e disse que o governo está prestes a concluir um acordo com as teles que vai reduzir os preços e melhorar a velocidade de conexão. Para ele, as empresas podem oferecer serviço melhor e mais barato com a infraestrutura existente, e sem sofrer perdas. O estudo indicou ainda ser relativamente baixo o preço da conexão com velocidade de 10 Mbps no Brasil (US$ 63,57 mensais, em média, ou R$ 105,40). A mesma conexão de 10 Mbps custa mais em países desenvolvidos, como Estados Unidos (US$ 100, ou R$ 165,73), Canadá (US$ 88,9, R$ 147,33) e Reino Unido (US$ 82,9, R$ 137,39).
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